Dieta e Câncer

DIETA E CÂNCER




DIETA E CÂNCER

Qual o impacto da doença na saúde da população:

No Brasil, a incidência de câncer se torna mais evidente à medida que ocorre o envelhecimento da população, resultado do processo de desenvolvimento econômico e social. Atualmente, o câncer é reconhecido como uma doença comum, representando a segunda principal causa de morte no país. Na faixa etária acima de 40 anos de idade é a principal causa de morte, sendo até 30% desses cânceres diretamente relacionados aos hábitos alimentares.

FATORES DE RISCO PARA O CANCER


Fumo
Dieta (rica em gorduras e carne vermelha)
Sedentarismo
Trabalho em ambiente carcinogênico
História familiar para câncer


A dieta e a alimentação são considerados fatores de risco modificáveis, uma vez que os hábitos alimentares podem ser modificados através da adoção de um estilo de vida mais saudável.

Mudanças na dieta que podem diminuir o risco de desenvolver câncer

Atualmente, alguns alimentos contribuem para o desenvolvimento do câncer, enquanto outros podem conduzir para menores chances de desenvolvimento da doença.

Há que se considerar, ainda, a teoria da angiogênese (formação de novos vasos sangüíneos), que prevê a suspensão ou regressão da progressão dos tumores sólidos e também das neoplasias (desenvolvimento de tumores) hematológicas, através da adoção de um padrão de dieta anti-angiogênica.

Adotar um padrão de dieta “anti-câncer” poderá contribuir para a redução das chances de risco para diversos tipos de cânceres como os de cólon, de reto, de próstata, de mama, entre outros correlacionados. Além disso, um modelo de dieta mais saudável também tem papel protetor contra o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Para as pessoas com uma tendência genética para o desenvolvimento de câncer, a adoção de um estilo de vida mais saudável se faz obrigatório e necessário, conforme descrito a seguir:

1 – Controle da ingestão de gorduras: restringir as gorduras saturadas, as trans e o colesterol.

2 – Limitar a quantidade de gordura total da dieta. Considerar que a ingestão de gorduras adequada está entre 25 a 30% do total de calorias ingeridas. Em uma dieta de 2500 kcal, onde 625 kcal seriam provenientes das gorduras, as mesmas representam 70 gramas (ou mililitros) por dia, incluindo todos os alimentos, inclusive o óleo utilizado no preparo dos alimentos e para o tempero de saladas.

3 – Escolher as gorduras certas. Pesquisadores do câncer tem apontado que povos com menor consumo de gorduras tem menos câncer, tais como os esquimós (que tem uma dieta rica em ácidos graxos ômega-3) e mediterrâneos (que tem uma dieta baseada em plantas e alimentos de origem vegetal). Gorduras não saturadas, encontradas em óleos de plantas e de vegetais, que são fontes de gorduras monoinsaturadas, tais como azeite de oliva e óleo de canola. O ômega 3 está presente, em maior quantidade, nos peixes de águas salgadas e frias, como: atum, arenque, bacalhau, sardinha e salmão. Os de águas doces também apresentam ômega 3, mas em quantidades menores.

4 – Aumentar o consumo de fibras. Pesquisas relacionando nutrição e câncer apresentam evidências para a diminuição do risco de câncer em dietas com alto teor de fibras. Escolher alimentos integrais, aumentar o consumo de frutas e de vegetais, acrescentar fibras e farelos aos preparos de alimentos podem ser pequenas, porém importantes mudanças nos hábitos alimentares.

5 – Incluir no mínimo 5 porções de frutas e vegetais ao dia. Há um consenso de que o consumo de frutas e vegetais tem papel protetor contra o desenvolvimento de câncer. Isso se deve, em grande parte, aos seus compostos nutritivos, vitaminas e minerais. Embora existam diversos suplementos disponíveis no mercado, ainda não foi formulado suplemento equivalente a uma maçã, a uma laranja, a uma banana. Os alimentos contêm um complexo de nutrientes que, através da sua interação, tornam os seus efeitos muito mais potentes ao organismo humano. Ingerir mais frutas diminui o apetite por alimentos altamente calóricos e diminui o risco de câncer.

6- Diminuir a quantidade de carne vermelha. São muitas as manifestações contrárias à ingestão de carne vermelha na alimentação humana, principalmente com restrições voltadas ao seu conteúdo de gordura saturada e colesterol.

7 – Incluir soja e seus derivados. Diversas pesquisas têm demonstrado que o consumo de produtos derivados da soja está associado com a redução do risco de inúmeras doenças, tais como câncer, doenças cardiovasculares, osteoporose, diabetes, mal de Alzheimer e sintomas da menopausa. No Brasil, apesar de ser o segundo maior produtor mundial de grãos de soja, o seu consumo, praticamente, se restringe ao óleo. Os seus benefícios derivam, principalmente, da sua ação antioxidante, protegendo o organismo contra os danos celulares que levam ao envelhecimento.