Infertilidade: Perguntas Mais Frequentes

INFERTILIDADE: Perguntas Mais Frequentes

Como é definida a infertilidade?

A falha em conceber depois de 1 ano de relações sexuais não protegidas é, geralmente,
definida como infertilidade. Este problema afeta entre 15 e 20% dos casais em idade reprodutiva.

2) Quando eu deveria preocupar-me com infertilidade?

Para a maioria dos casais que estão tentando engravidar, a probabilidade de ter uma
gravidez bem sucedida é de cerca de 25% durante o primeiro mês de tentativa. No final do
primeiro ano de tentativas, cerca de 85-90% dos casais irão conceber. Os casais devem
procurar ajuda médica, caso não consigam engravidar após 1 ano de relações sexuais,
regulares, sem uso de métodos contraceptivos. No entanto, este período de tempo pode ser
menor, caso a mulher tenha mais de 35 anos de idade. Mulheres com uma história de doença
pélvica inflamatória, endometriose, abortamento, ciclos menstruais irregulares ou dolorosos,
ou homens com uma contagem de espermatozóides sabidamente baixa, deveriam também
fazer uma consulta com seus médicos.

Qual a diferença entre infertilidade primária e secundária?

Infertilidade primária é a condição na qual a mulher nunca ficou grávida, apesar de estar
há mais de 1 ano tendo relações sexuais sem proteção. Uma mulher com infertilidade
secundária tem uma história de gravidez comprovada (nascido vivo, ectópica ou aborto) e,
ainda assim, é incapaz de conceber depois de 1 ano de relações sexuais sem proteção.

O que vem a ser infertilidade sem causa aparente?

Apesar dos testes e dos conhecimentos atuais, cerca de 10% dos casais que têm sido
investigados intensamente não têm causa demonstrável de infertilidade. Esses casais são
classificados como tendo infertilidade sem causa aparente.

Tratamento de infertilidade resulta sempre em nascimentos múltiplos?

Não. A maioria dos tratamentos resulta no nascimento de um único bebê. Agora, é fato
que a possibilidade de nascimentos múltiplos realmente é mais alta em mulheres sob
tratamento para infertilidade.

Qual é a evidência da história da paciente que é sugestiva de ovulação?

 

Menstruações regulares, entre 25 e 35 dias
Desconforto localizado no quadrante inferior do abdômen durante a ovulação.
Mastalgia (dor nas mamas).
Dismenorréia (dor no período menstrual) leve.

Como investigamos a permeabilidade das trompas?

A histerossalpingografia é um procedimento radiográfico ambulatorial, entre o final da
menstruação e o período ovulatório (1/2 do ciclo). Um contraste radiopaco é injetado através
do colo uterino para dentro da cavidade uterina. A medida que o contraste evolui do útero para
as trompas e daí para a cavidade abdominal, realiza-se radiografias seriadas para,
posteriormente, podermos analisar todo o trajeto. Este exame permite a avaliação da estrutura
da cavidade endometrial, permeabilidade tubária e arquitetura das trompas.

Quando é apropriado oferecer laparoscopia para uma mulher infértil?

A laparoscopia permite a visualização endoscópica da anatomia interna feminina,
permitindo, por isso, avaliar a pelve para adesões peritubáricas e periovarianas, endometriose
e estruturas externas do útero. Geralmente, este exame é oferecido para uma mulher depois
que o restante dos fatores femininos e masculinos já tenham sido investigados, uma vez que
este é o único procedimento investigatório no qual a paciente deverá submeter-se à anestesia.
Aderências, algumas alterações tubárias e implantes de endometriose são alguns exemplos de patologias que podem ser diagnosticadas e tratadas no transcorrer do exame.

A endometriose é causa de infertilidade?

Apesar da endometriose ser uma condição ginecológica relativamente comum, afetando
5-10% das mulheres em idade reprodutiva, e uma causa documentada de dor pélvica e
dismenorréia, a relação exata entre endometriose e infertilidade não é clara. Sabe-se que
mulheres inférteis apresentam taxas maiores de endometriose. Quando a endometriose
danifica estruturalmente as trompas, dizemos que a causa da infertilidade é tubária. Quando a
endometriose é leve, dizemos que se trata de infertilidade sem causa aparente associada à
endometriose.

O que é fertilização in vitro e transferência de embriões?

Fertilização in vitro é o processo no qual os óvulos (gametas femininos) são expostos aos
espermatozóides (gametas masculinos), em laboratório, no interior de uma estufa que
mimetiza o organismo feminino. Ocorre, então, a fertilização com divisões subseqüentes do
pré-embrião. Após 2 a 3 dias, este pré-embrião é colocado na cavidade uterina para que possa
ocorrer a implantação e a gravidez.

O que é a injeção intracitoplasmática de espermatozóide (ICSI)?

Um único espermatozóide é injetado com uma micropipeta no interior do óvulo. Esta
técnica é muito utilizada quando o problema está no homem (fator masculino grave). A taxa
de implantação e de desenvolvimento dos embriões é semelhante à da fertilização in vitro
convencional.

Quais as etapas principais de um ciclo de FIV/ICSI?

 

Estímulo controlado dos ovários.
Retirada dos óvulos por via transvaginal, anestesiada e monitorada por ultra-som.
Fertilização dos óvulos.
Cultura dos embriões até a clivagem (4-8 células)
Transferência transcervical dos embriões para dentro da cavidade uterina.

Qual o papel do congelamento dos embriões na FIV e ICSI?

Com a hiperestimulação ovariana controlada, aproximadamente 40% das pacientes têm
mais embriões do que se pode transferir. Os embriões excedentes podem ser armazenados em
nitrogênio líquido, e ser transferidos mais tarde, em outro ciclo, dando ao casal infértil mais
chances de gravidez.