Fenômeno, Síndrome e Doença de Raynaud

FENÔMENO DE RAYNAUD, SÍNDROME DE RAYNAUD E DOENÇA DE RAYNAUD

O que é?

Conjunto de sinais e sintomas demonstráveis nas artérias. É uma moléstia funcional, que surge em pacientes hipersensíveis frio ou por estresse emocional.

Fenômeno de Raynaud

É um episódio de constrição de pequenas artérias, desencadeando alterações da cor da pele das extremidades, ora com palidez, ora com cianose (extremidades roxas), seguidas ou não de hiperemia reacional (vermelhidão).

 

O fenômeno de Raynaud primário ou sem causa determinável é o que ocorre na Doença de Raynaud.

O que se sente?

 

Em uma primeira fase, um ou mais dedos tornam-se rapidamente pálidos (exangues). Há diminuição da sensibilidade dos dedos, parestesias (dormência) e frequentemente dor. Esta crise acontece mais comumente nos dedos das mãos que nos dos pés. É mais rara no polegar e excepcionalmente pode ocorrer no lóbulo da orelha, na ponta do nariz, nos lábios e língua.
Esta fase dura de alguns minutos a algumas horas.
Em uma segunda fase, há o aparecimento gradativo de tonalidade violácea, evoluindo para a cor roxa, que se inicia pela ponta dos dedos indo até sua raiz sem atingir a palma das mãos. Pode ocorrer, após a palidez dos dedos, um vermelho intenso com dor tipo pulsátil.

Síndrome de Raynaud

Fenômeno de Raynaud que pode ser causado por:

 

traumas, como nos britadores, datilógrafos, pianistas
trauma cirúrgico (distrofia simpático reflexa)
lesões compressivas, como na síndrome do túnel de carpo
alterações na coluna cervical e outras.

Doença de Raynaud

São crises do fenômeno de Raynaud provocadas ou acentuadas pelo frio e pelas emoções.

Existe maior incidência em mulheres jovens – 60% dos casos são de pacientes com menos de trinta anos -, com ausência de moléstias ou causa desencadeante e com evolução clínica de pelo menos dois anos. Raramente, ocorre gangrena ou necrose de extremidades dos dedos.

A doença de Raynaud pode estar associada a doenças arteriais como arteriosclerose, artrite reumatóide, eslerodermia, lupus eritematoso e outras. São necessários exames laboratoriais para que o diagnóstico seja feito.

Como é o tratamento?

 

Proteção da extremidade contra o frio com luvas e meias de lã, luvas e botas de borracha forradas. Evitar pegar objetos frios ou lidar com água fria. Morar preferencialmente em locais com clima quente e seco.
Proteção contra o trauma repetido: evitar profissões como britação, datilografia ou digitação, piano, e outras que causem traumas.
Sedação ou psicoterapia:
É importante na tentativa de diminuir as crises em número e intensidade.
Vasodilatadores:
usá-los durante o inverno principalmente. Alguns profissionais utilizam também drogas antialérgicas.
Cirurgia: simpatectomia.
Somente nos casos rebeldes ao tratamento clínico com muita dor ou lesões necróticas.
Evitar substâncias que causem vasoconstrição, como a cafeína e a nicotina. Medicamentos que contenham cafeína e descongestionantes nasais também devem ser evitados.