Hepatoma

HEPATOMA

Sinônimos/nomes populares

Tumor maligno ou câncer do fígado, hepatocarcinoma, carcinoma hepatocelular

O que é?

Hepatoma é o mais freqüente câncer originado no fígado. Deve-se destacar, no entanto, que a maioria dos tumores aí encontrados são metástases (implantações) de câncer vindos de outros órgãos.

Muitos nódulos encontrados no fígado podem ser tumores benignos ou más-formações de vasos sanguíneos (chamados hemangiomas), sem maior significado clínico.

Como se desenvolve e como se adquire?

O câncer é uma multiplicação desordenada das células de um determinado órgão. Não se sabe exatamente como as células passam, a partir de certo momento, a serem células cancerígenas.

No caso do hepatoma, também, não se sabe como o câncer inicia, porém sabe-se que certas doenças do fígado aumentam muitas vezes o risco do câncer.

O risco de câncer de fígado é maior:

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em portadores do vírus da hepatite B ou C
na co-infecção pelo vírus da hepatite D
na cirrose por álcool ou qualquer outra causa
na exposição à aflatoxina (toxina de um fungo que contamina cereais e outros alimentos).

Outras causas mais raras são a hemocromatose, porfiría cutânea tarda, síndrome de Budd-Chiari, entre outras. Acredita-se que o cigarro contribua para o aparecimento desse câncer. Não é bem estabelecida a associação do hepatoma com o uso de certos hormônios e pílulas anticoncepcionais.

O que se sente?

O tumor pode passar despercebido até que tenha grande tamanho ou cause complicações.

Pode haver:

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dor na porção direita superior do abdômen, próximo ou abaixo das costelas desse mesmo lado
falta de apetite
perda de peso
icterícia (cor amarelada das mucosas e da pele)
ascite (líquido dentro da barriga)
aumento do tamanho do fígado e do abdômen.

Na maioria das vezes, a doença ocorre em indivíduos que já sabem ter cirrose e a primeira manifestação nesses casos pode ser uma abrupta piora de um quadro até então estável.

Como o médico faz o diagnóstico?

Além de identificar os sintomas acima descritos, o médico pode notar o aumento do tamanho do fígado e/ou nódulos à palpação do mesmo.

O primeiro passo para o diagnóstico costuma ser através da ecografia (ultra-sonografia) ou tomografia computadorizada do abdômen, que identifica nódulos no fígado.

Certos exames de sangue, como os de enzimas hepáticas, bilirrubinas e, especialmente, a alfa-fetoproteína, podem estar aumentados.

O diagnóstico definitivo pode ser feito por biópsia do nódulo identificado na eco ou tomografia (retirada com agulha de um pequeno fragmento do fígado) para análise em microscópio.

Como se trata?

A base do tratamento está na retirada do nódulo por cirurgia. Em certos casos, podem ser usados métodos alternativos, como a injeção de álcool no interior do tumor ou a embolização (coagulação) do tumor.

Como na maioria das vezes os doentes são indivíduos com cirrose, pode ser impossível a cirurgia, pois a porção de fígado que restaria após a cirurgia não seria suficiente para atender às necessidades mínimas do organismo.

Nesses casos, quando o paciente preenche uma série de pré-requisitos, pode ser indicado o transplante hepático como forma de tratamento.

A quimioterapia e a radioterapia tem resultados pobres nessa doença.

Como se previne?

A melhor forma de prevenção do hepatoma é prevenindo a cirrose. Isso é feito através:

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do controle do uso abusivo do álcool
do controle das hepatites B e C

Em pacientes com cirrose, em quem o risco é bem maior do que no restante da população, é recomendada a realização de ecografia de abdômen e dosagem de alfa-fetoproteína a cada 6 a 12 meses, na tentativa de detectar precocemente esse tipo de câncer.

Perguntas que você pode fazer ao seu médico

Há risco da doença se espalhar?

Quais as opções de tratamento no meu caso?

Quais os riscos do tratamento?

Tenho que repetir o tratamento várias vezes?

E exames, preciso repetí-los muito seguido?

Eu posso precisar de cirurgia ou transplante de fígado?

Eu posso viver com apenas uma parte do fígado?