Frigidez

FRIGIDEZ

A frigidez caracteriza-se pela falta de desejo e de qualquer resposta sexual. Essa terminologia tem sido empregada para definir mulheres que não demonstram nenhum interesse em sexo ou que ficam completamente “geladas” ao toque erótico.

Possíveis causas

Devemos levar em consideração uma série de fatores que podem interferir na libido (impulso sexual) feminina. Pensemos em três grandes categorias:

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a orgânica,
a emocional e
a cultural ou social.

Geralmente, a frigidez resulta da combinação dessas influências, sendo que a categoria social apresenta um peso significativo.

Fatores orgânicos

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Doenças que acometem de forma direta os genitais, como uma infecção (vulvovaginite), ou indiretamente, como o hiperprolactinoma, responsável pelo aumento do hormônio prolactina que inibe completamente a motivação sexua.
Transtornos psiquiátricos crônicos que geram uma diminuição ou até ausência de desejo sexual, como a depressão.
Uso de algumas medicações como anti-hipertensivos ou antidepressivos que têm como efeito colateral a diminuição de libido.

Fatores emocionais

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Situações traumáticas ao longo da vida, como abuso sexual, estupro ou violência sexual.
Repressões sexuais antigas, culpas e ansiedades vinculadas à não permissão ao sexo.
Conflitos conjugais importantes, com cobranças acompanhadas de agressões, falta de respeito e falta de intimidade.
Relacionamento infantilizado entre cônjuges, em que os parceiros estão representando muito mais os papéis de pais um do outro, do que de parceiros sexuais.
Falta de comunicação e intimidade no casal.
Falta de atração e de afeição pelo parceiro escolhido como companheiro.

Fatores culturais ou sociais

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Falta de educação e orientação sexual.
Medo de gravidez indesejada associada à insegurança de contracepção.
Dificuldades práticas e persistentes do dia-a-dia, como falta de tempo necessário para dedicação à vida sexual, falta de ambiente propício à intimidade.
Estímulo sexual inadequado.
Repressões sociais à sexualidade da mulher, principalmente em culturas cujas religiões cristã e mulçumana têm marcada influência.

Há alguns anos atrás (e ainda hoje em determinadas culturas), dizia-se que a mulher era fria por natureza, que sua sexualidade estava voltada única e exclusivamente para a maternidade. Nesse contexto, usava-se a sexualidade feminina para servir a masculina. Como conseqüência, a mulher era pouco ou nada estimulada. Essa situação ocorrendo de forma persistente, com sentimentos de obrigação em relação ao sexo, acabou por inibir qualquer resposta erótica, assim tornando-se uma das tantas tarefas que deveriam ser desempenhadas pela mulher.

Desligada de sentimentos sexuais positivos e até mesmo punida ou reprimida ao demonstrar prazer, a mulher assumiu a maternidade e o cuidado familiar, abdicando de uma plena realização sexual.